Por que os animais silvestres estão saindo do seu habitat natural?

Devido à caça de algumas espécies, ao crescimento populacional, a agricultura, a poluição e ao desmatamento onde destrói seu habitat fazendo com que eles procurem alimentos e abrigo fora de seu meio.

Ocorrências de animais por conta das queimadas

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Problemas respiratórios, hospitais lotados, céu esfumaçado, nebulosidade, acidentes de trânsito e florestas desmatadas. Para se somar a todos estes distúrbios conseqüentes das queimadas, o Corpo de Bombeiros do Acre (CBM) registrou, desde 1º de junho até a manhã desta terça-feira, 10, um total de 80 ocorrências de animais silvestres invadindo as casas de Rio Branco. Os bichos estão se deslocando com maior freqüência para as áreas urbanas porque são expulsos de seu habitat natural por incêndios/fumaça nas florestas.

 

Jiboia Bombeiro capturando jiboia


Entre os ‘invasores’, os bombeiros se deparam com cobras, a maioria jibóias, preguiças, tamanduás e até jacarés. Segundo o tenente coronel Gundim, comandante operacional do CBM em Rio Branco, os animais são capturados em casas e locais comerciais e daí seguem às áreas distantes da civilização (exemplo: Km 17 a 20 da BR-364) para serem devolvidos ao meio ambiente. Até o momento, não houve acidentes de pessoas com estes animais.
Dividindo as 80 ocorrências do ‘verão’, foram 27 casos em junho, 39 casos em julho e 14 registros nos dez primeiros dias de agosto. A tendência é que neste mês o número de capturas siga em alta, superando até os 39 casos de julho. Conforme Gundim, o aumento de aparição destes animais na cidade deve durar até o final das queimadas, o que só deve ocorrer na metade do mês de outubro (quando recomeçam as chuvas).
Ao se deparar com um animal silvestre destes em casa, quintal ou mesmo na vizinhança, o certo a fazer é chamar o Corpo de Bombeiros, pelo telefone 193 (Ciosp), para removê-lo com segurança. “No caso de ocorrer um acidente com eles, como a picada de cobra, por exemplo, é preciso chamar com urgência o Samu (192) e saber identificar o tipo de animal ou o local em que ele está. Assim, nós faremos a captura e o levaremos para a realização do devido tratamento (soro) no hospital”, comenta o tenente coronel Gundim. 
As áreas da cidade mais propensas a servir de rotas aos animais desorientados pelo fogo são as que ficam no entorno de matas e as que registram muitas queimadas/fumaça, tais como os bairros Calafate, Belo Jardim e Conj. Universitário. Os tipos que oferecem os maiores risco à população urbana são as cobras venenosas (jararaca e coral).

 

Fonte: Agazeta.net

Seriema

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Seriema

Seriema, sariema ou siriema é o nome vulgar dado às aves pertencentes à família Cariamidae, da ordem Gruiformes. São aves de médio porte, terrestres, que preferem correr a voar. O grupo é nativo da América do Sul e habita zonas de pradaria ou florestas abertas. As Seriemas alimentam-se de insetos, lagartos e pequenas cobras, como também de cajuis e cajus do cerrado. Em contato com os humanos, as Seriemas são sempre desconfiadas e quando se sentem ameaçadas por eles, costumam abrir suas asas e enfrentá-los. Diz a lenda que o canto deste pássaro indica o final da época das chuvas.

Aceitam diferentes tipos de alimentos dados pelo homem, como grãos de milho e pedaços de pão. Andam em casais ou pequenos grupos. Só voam quando se sentem obrigadas. À noite abrigam-se no alto das árvores, onde também constroem seus ninhos. Do tupi, siriema=pequeno nhandú, ou seriema=nhandú com crista.

Lagarto

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Lagarto

Os lagartos ou sáurios (do latim científico Sauria, chamados ainda de Lacertilia) constituem uma vasta sub-ordem de répteis escamados. Se diferenciam das serpentes (suas parentes próximas) devido à presença de quatro patas, pálpebras nos olhos, e ouvidos externos. Apesar disso muitas espécies de lagartos, como os licranços perderam suas patas durante a evolução, se tornando externamente semelhantes às serpentes. Semelhantemente também existem lagartos sem pálpebras (da família Gekkonidae) ou sem ouvidos.

Com mais de 5000 espécies conhecidas atualmente, os lagartos ocorrem em todos os continentes, exceto na Antártida e existem em diversos tamanhos, desde alguns centímetros, como alguns geckos, até 3 metros, como o dragão-de-komodo. São geralmente carnívoros, alimentando-se de insetos ou pequenos mamíferos, mas também há lagartos omnívoros ou herbívoros, como as iguanas. O monstro-de-gila, nativo do sul dos EUA, é a única espécie que é venenosa. Alguns tipos de lagarto são capazes de regenerar partes do seu corpo, mais usualmente a cauda, mas em alguns casos mesmo patas perdidas. Enquanto a maioria das espécies põe ovos, outras são vivíparas ou ovovivíparas.Neste ano foi encontrado no cerrado de Tocantins uma nova espécie de lagarto, cujo nome científico é Stenocercus quinarius

Cobra-coral

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Cobra-coral

A coral (Micrurus, Erythrolamprus, Oxyrhopus e Anilius) são cobras de pequeno porte, facilmente reconhecidas por seu colorido vivo. Há corais peçonhentas (Micrurus) e não-peçonhentas(Erythrolamprus, Oxyrhopus e Anilius), mas o reconhecimento é difícil podendo ser realizado pelo exame minuscioso da posição das presas ou qualidade dos desenhos "anéis". As cobras-coral existem na América do Sul, América Central e Sul dos Estados Unidos da América. É também conhecida pelos nomes cobra-coral-venenosa, coral-venenosa, coral-verdadeira,ibiboboca, ibiboca e ibioca.

As corais, além de serem muito visíveis devido às suas cores, não apresentam o comportamento de ataque como, por exemplo, as cascavéis. As presas das corais são pequenas e podem estar localizadas na porção anterior, dentição proteróglifa (Micrurus), como na porção posterior (Erythrolamprus, Oxyrhopus e Anilius), dentição opistóglifa, da mandíbula, portanto elas não picam o mais apropriado seria dizer que mordem a caça para inocular a peçonha. As cobras-coral possuem uma peçonha de baixo peso molecular que se espalha pelo organismo da vítima de forma muito rápida. Pelas pequenas presas a coral necessita ficar "grudadas" para inocular a peçonha. A cobra-coral é tão peçonhenta quanto uma naja. A sua peçonha é neurotóxico, ou seja, atinge o sitema nervoso, causando dormência na área da picada, problemas respiratórios (diafragma), caimento das palpebras e pode matar a pessoa adulta em poucas horas. O tratamento é com o soro antielapídico intravenoso.

A coral verdadeira é identificada geralmente pela posição das presas ou pela quantidade e delineamento dos anéis. As peçonhentas de forma geral possuem um ou três anéis completos em volta do corpo e as não-peçonhentas possuem anéis apenas na parte dorsal, o ventre não possui os anéis caracteríscos.

A coral tem hábito noturno e vive sob folhas, galhos, pedras, buracos, ou dentro de troncos em decomposição. Para se defender, geralmente levanta a sua cauda, enganando o ameaçador com sua forte coloração, e este pensa que é a cabeça da cobra é foge para não ser atacado. As atividades diurnas estão ligadas às buscas para reprodução e à maior necessidade de aquecimento que as fêmeas grávidas apresentam. Após o acasalamento a fêmea posta de 3 a 18 ovos, que em condições propícias irão abrir após uns 90 dias. Dada a capacidade de armazenar os espermas do macho a fêmea pode realizar várias posturas antes de uma nova cópula.

Os acidentes ocorrem com pessoas que não tomam as devidas precauções ao transitar pelos locais que possuem serpentes. Ao se sentir acuada ou ser atacada a cobra-coral rapidamente contra-ataca, ou seja, recomenda-se o uso de botas de borracha cano alto, calça comprida, luvas de couro, e evitar colocar a mão em buracos, fendas, etc. A pessoa acidentada deve ser levada imediatamente ao médico ou posto de saúde, e se possível capturar a cobra ainda viva. Evitar que a pessoa se locomova ou faça esforços, para evitar que o veneno se espalhe mais rápido no corpo. Evitar técnicas como abrir a ferida para retirar o veneno, chupar o sangue, isolar a área atingida, fazer torniquetes, etc. O soro é a melhor opção.

Existe um antigo ditado para distinguir uma coral verdadeira da coral falsa “Vermelho com amarelo perto, fique esperto. Vermelho com preto ligado, pode ficar sossegado”

Tartaruga-tigre-d’água

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Tartaruga-tigre-d'água

A tartaruga-tigre-d'água (Trachemys dorbigni) é uma tartaruga aquática e onívora, que vive em zonas de pântanos, banhados, lagos, riachos e rios do estado brasileiro do Rio Grande do Sul, onde habita principalmente a região da Lagoa dos Patos e o Banhado do Taim. O seu nome deve-se ao padrão colorido, em listras amareladas e alaranjadas. Para além do Brasil, esta espécie pode também ocorrer em parte do Uruguai indo até o nordeste da Argentina.

Na época de reprodução, a fêmea desova até 9 ovos por postura (em média). Os ovos eclodem após 2 a 4 meses. Os juvenis medem cerca de 3 cm à saída do ovo, enquanto que os adultos podem atingir 22 a 26 cm de comprimento. As fêmeas são geralmente maiores que os machos.

As Tartarugas-tigre-de-água podem viver 30 anos em cativeiro e são ilegalmente comercializadas como animal de estimação. Esta espécie, bem como a sub-espécie norte-americana Trachemys scripta elegans, começa a surgir em lugares fora do seu habitat natural, como o Lago Paranoá em Brasília, possivelmente oriundas de abandono dos donos. A espécie norte-americana se distingue, entre outras coisas, por ter uma mancha vermelha atrás dos olhos.

 

Reprodução

Uma maneira popular de se identificar se o animal é macho ou fêmea é o formato do plastrão. Na verdade, apenas as espécies terrestre e ainda depois de alguns anos de vida é que apresentam diferenças entre macho e fêmea. Os machos possuem pênis que fica introduzido na cauda e fica aparente somente durante o acasalamento quando é introduzido na cloaca da fêmea. Em média são produzidos 9 ovos de cada vez. Os ovos são enterrados em um ninho escavado no chão. A incubação como já dita varia de 2 a 4 meses, e o filhote nasce pesando 11 gramas e com 3,5 cm de carapaça. Quando chegam na maturidade sexual os machos (que tornam-se adultos após 2 anos) adquirem uma coloração escura enquanto as fêmeas (que tornam-se adultas após 5 anos) continuam esverdeadas. Os machos tem as unhas das patas dianteiras bem maiores do que a das fêmeas e as utiliza nos preparativos do acasalamento nadando de frente para a fêmea e estimulando a parceira, roçando as pontas de suas unhas em seu focinho. O sexo dos filhotes de tartarugas é determinado pela temperatura da areia durante a incubação: temperaturas mais baixas apresentam o nascimento de machos e mais altas de fêmea.

 

Possíveis enfermidades

As tartarugas podem ter algumas doenças tais quais pneumonias, distocias, descalcificação óssea, avitaminoses, gastroenterites, prolapsos, entre outros. O contato de animais com seres humanos possibilita a transmissão de zoonoses (doenças transmitidas de animais para humanos).

 

Legislação (Brasil)

Esta espécie é considerada da fauna silvestre e sua posse e manutenção só são permitidas com a específica documentação, no caso a nota fiscal de compra (onde está explícito o nome popular e científico), informando o número do animal gravado na parte inferior do casco, o certificado de origem, número da nota fiscal e o número do criadouro comercial de fauna silvestre brasileira registrado no IBAMA. Consta ainda o nome do proprietário, RG, CPF, endereço. A nota fiscal deve sempre estar disponível em caso de fiscalização ou transporte.

É proibida a soltura desses animais na natureza, estando sujeito à penalidades previstas nas leis n° 6.938/81 e n° 9.605/98. Caso o proprietário não possa mais mantê-lo, a loja que efetuou a venda deve receber o animal a qualquer momento.

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